Benvenuti

Questa è una comunità dei partecipanti del Circolo Emilia-Romagna di San Paolo - associazione collegata alla Regione Emilia-Romagna, in cui lo scopo è quello di mantenere il rapporto tra i suoi membri e la regione di origine. Questa comunità è un mezzo di comunicazione tra i nostri associati e un mezzo di promozione del nostro Circolo, della Regione Emilia-Romagna e delle sue province.



Esta é uma comunidade dos participantes do Circolo Emilia-Romagna de São Paulo - associação vinculada a Região da Emilia Romagna (Itália), cujo objetivo é manter o relacionamento entre seus membros e a região de origem.Esta comunidade é mais um meio de comunicação, onde lançamos oportunidades de bolsa de estudos e estágios para descendentes da nossa região, propomos e divulgamos atividades internas, nos conhecemos e interagimos com novos membros.



quarta-feira, 30 de agosto de 2017

A Biblioteca Malatestiana

A Malatestiana é o único exemplo de biblioteca humanística conventual perfeitamente conservada no edifício, nos móveis e com acervo literário originais, como foi reconhecida pela Unesco que a inseriu, primeira na Itália, no Registro da “Memoire du Monde”.

A idéia da biblioteca é atribuída aos frades do Convento de São Francisco, que desde o século XIV tinham em mente construí-la para uso do seu studium anexo ao convento. Em 1450 é documentada a primeira intervenção de Malatesta Novello, senhor de Cesena, que assumiu para si o projeto dos frades e em cujo convento ergueu a biblioteca. Inspirada no modelo inaugurado por Michelozzo na biblioteca do convento dominicano de São Marco de Florença em 1444, a Malatestiana de Cesena, na qual Matteo Nuti, exaltado como Dedalus Alter na epígrafe que se lê sobre a porta de entrada, colocou o selo do seu nome: “MCCCCLII Matheus Nutius Fanensi ex urbe creatus Dedalus alter opus tantum deduxit ad unguem” (“1452  Matteo Nuti, nascido em Fano, segundo Dedalus, levou a cabo esta obra”).

Sobre o batente da porta destaca-se o Elefante, símbolo dos Malatesta, com a escrita “Elephas Indus culices non timet” (“O elefante indiano não teme os mosquitos”), referência aos senhores de Forli, enquanto que nas laterais da porta e nos capiteis das pilastras, estão retratados os símbolos heráldicos da grelha, das três cabeças e do tabuleiro. A porta em madeira escura é obra de Cristoforo da San Giovanni in Persiceto e data de 15 de agosto de 1454. A heráldica dos Malatesta é reproduzida também internamente, nos capiteis das colunas da sala e nos 58 (29 de cada lado) imponentes bancos de madeira de pinho onde se encontram depositados os códigos.

Cruzando o majestoso portal, a impressão é de se encontrar em uma verdadeira e própria “igreja em miniatura”: a biblioteca tem 3 naves todas com abobadas, sendo as duas laterais um pouco mais largas e baixas. A luz, distribuída pelas pequenas janelas ogivais, duas para cada vão, ilumina as naves laterais, enquanto que a nave central delineada por 20 elegantes colunas com escudos e folhas nos capiteis, é iluminada longitudinalmente pela grande rosácea de vidro ao fundo. Desta, um sugestivo feixe de luz incide sobre as epígrafes no pavimento, que renovam a memória do doador: ”Mal(atesta) Nov(ellus) Pan(dulphi) fil(ius) Mal(atestae) nep(os) dedit” (“Dado por Malatesta Novello filho de Pandolfo, sobrinho de Malatesta”).

As cores também possuem significado preciso: o branco das colunas centrais, o vermelho terra cota do pavimento e das semi-colunas e o verde das paredes, trazido à luz pelas restaurações executadas nos anos Vinte do séc. XX, remetem às cores dos escudos malatestianos.

Para equipar a sua livraria com um acervo de livros adequado e consoante ao projeto de biblioteca que objetivava, o senhor de Cesena instalou um escritório que, com atividades organizadas e planejadas, em cerca de 20 anos, produziu mais de 120 códigos. Os manuscritos encomendados ou comprados por Malatesta Novello (cerca de 150 exemplares) integraram-se ao conjunto de obras conventuais pré-existentes. Foram adicionados ao conjunto textos de medicina e de ciências, mas também de literatura e de filosofia, estes doados por Giovanni di Marco, de Rimini, médico de Malatesta Novello e, assim como ele, apaixonado colecionador de códigos. Quartoze códigos gregos, comprados muito provavelmente por Malatesta Novello em Constantinopla, sete hebraicos e outros doados a Novello, mais alguns códigos adicionados em séculos posteriores, completam a coleção, que totaliza 343 manuscritos.

Entre os séculos XVI e XVIII, foram colocados na Malatestiana 48 volumes impressos contendo obras de autores de Cesena, entre os quais Iacopo Mazzoni, Scipione Chiaramonti e Giuseppe Verzaglia.

Fonte: http://www.comune.cesena.fc.it/malatestiana/antica

Link: https://www.youtube.com/watch?v=IT7yivsbvqs

Tradução: Maurizia Rossi


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Reinauguração da “Praça do Imigrante Italiano em São Paulo” – Projeto Italia Per San Paolo

No último domingo dia 06 de agosto, a Diretoria do Circolo da Emilia Romagna de São Paulo esteve presente na reinauguração da Praça do Imigrante Italiano, localizada no Bairro do Jardim Europa, na confluência das Avenidas Nove de Julho e Cidade Jardim.

O evento faz parte de um importante projeto da Prefeitura de São Paulo “Italia per San Paolo – Monumentando e Restaurando a Cidade”.

Diversas autoridades estiveram presentes na reinauguração, dentre elas o prefeito de São Paulo, João Dória, o embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, o cônsul-geral da Itália em São Paulo, Michele Pala, o Senador pelo Partido Socialista italiano Fausto Longo, além de representantes de empresas italianas que patrocinaram a revitalização da praça.

A bela praça – que apesar das pequenas dimensões esbanja charme e estilo – teve seu projeto original desenhado pelo arquiteto italiano Luciano Deviá, que veio para o Brasil no fim da década de 1970 e ficou no país até falecer em 2014. O local foi inaugurado em 1988, com o patrocínio da empresa Papaiz, cujos patronos Luigi Papaiz (nascido em Sesto al Reghena) e Angela Papaiz (nascida em Bologna) iniciaram sua indústria em Bologna, na Emilia-Romagna, posteriormente transferindo-a para São Paulo. O “Monumento ao Imigrante Italiano” é um painel de bronze de 3mx2m criado pelo escultor Galileo Ugo Emendabili.

A revitalização da Praça do Imigrante Italiano contou com o patrocínio de diversas empresas de origem italiana instaladas em São Paulo, em iniciativa da Italian Trade Agency (ITA), e em parceria com a Embaixada da Itália, o Consulado da Itália em São Paulo e a Prefeitura de São Paulo.

Além desta, estão programadas as reinaugurações da Praça Cidade de Milão, em 22 de outubro, e a Praça Ramos de Azevedo, em 16 de dezembro, que também fazem parte do projeto tão bem conduzido pela Prefeitura de São Paulo, em homenagem aos italianos e seus descendentes, que fizeram e fazem a história de São Paulo.

Como bem salientou o Prefeito João Dória ao se dirigir aos presentes, os imigrantes “ (...) são parte da alma da cidade, que foi construída pela força do imigrante e continua sendo construída por aqueles que ainda chegam aqui nos dias atuais. São as pessoas que fazem o que há de melhor em São Paulo”.
A cidade de São Paulo tem uma das maiores colônias italianas fora da Itália no mundo. Os italianos e seus descendentes influenciaram os costumes, a culinária, as tradições e a cultura paulistanas, criando uma “Piccola Italia” dentro desta cidade de enorme dimensões. Portanto, é muito gratificante ver o reconhecimento da importância da imigração italiana para São Paulo, com a revitalização destes locais.

O Circolo da Emilia Romagna de San Paolo, entidade que tem como finalidade manter, cultivar e propagar a cultura, tradições, costumes e história de seu povo, está muito feliz em poder prestigiar estes eventos, e acompanhar o merecido reconhecimento que a cidade de São Paulo e os empresários italianos aqui sediados estão dedicando a todos os imigrantes italianos.

Paola Budriesi, 10 de agosto de 2017









terça-feira, 1 de agosto de 2017

Emilia-Romagna no Eataly Brasil

Itália, país que ama a própria comida. A gastronomia faz parte do DNA dos italianos e vem de mãos dadas com o turismo e a admiração pela Itália, assim como pelos produtos italianos. Cada região é guardiã de seus pratos regionais e de seus produtos DOC, DOP, IGP, IGT, STG, e são esses produtos que põe a região e as suas cidades no mapa. O presunto lembra Parma, os queijos Grana Padano e Parmigiano Reggiano põe a região da Emilia-Romagna em todas as cozinhas do mundo. A Mortadella de Bologna, o molho a bolognesa e pratos típicos desta cidade, como a lasagna, o tagliatelle e os tortellini, considerados por muitíssimas pessoas como o preferido de adultos e crianças; o vinagre (aceto) di Modena; pra não falar da pizza napolitana, esta última já na região da Campania. Todos eles põe a Itália na boca do mundo faz tempo. Com a imigração, a paixão pela comida levava sempre algum imigrante a abrir uma pequena trattoria e disseminar suas delícias. É a paixão pela comida, o orgulho pelos seus produtos e a qualidade dos mesmos, aliados à uma ótima estratégia de marketing e promoção, que faz da Itália uma referência.

A Emilia-Romagna é um dos territórios líderes de produtos alimentícios na Europa e um dos símbolos do Made in Italy no mundo. Vem de lá grandes marcas da indústria do setor que competem no mercado internacional. Há uma forte ligação entre esses produtos e o território, alta especialização, com especial atenção dada à inovação e pesquisas de sustentabilidade ambiental.

Nesse contexto, o Eataly, cuja assinatura, descreve a filosofia dos italianos: “A vida é demasiado breve para comer e beber mal”, propõe exaltar as diversidades da culinária italiana, mostrando diferentes cortes de massa, vegetais, queijos e embutidos de cada Região. Homenageando a cada 3 meses uma localidade. 

“Queremos representar a identidade italiana de forma democrática e saborosa para o grande número de imigrantes na cidade, afirma Luigi Testa, Gerente Geral do Eataly Brasil. Assim nasceu a Trattoria Itália, um restaurante dentro do mercado, de cozinha simples e informal de culinária local, a preços acessíveis. A Trattoria deve receber vários convidados para representar cada cultura, dentre eles artistas e chefs. 

A proposta é apresentar a cada trimestre uma Região da Itália através da gastronomia local. A ideia é que os frequentadores assíduos possam voltar sempre porque haverá troca de cardápios. Com fotos da região homenageada nas paredes e características de típica trattoria italiana, o Eataly não poderia fazer uma representação melhor do “Bel Paese”.

Para nós do Circolo Emilia-Romagna di San Paolo, o mês de julho de 2017 foi muito especial porque marcou a homenagem do Eataly à nossa região. O sucesso foi absoluto. Também nas redes sociais. Coincidentemente no mês de julho, o Circolo Emilia-Romagna também inaugurou sua conta em mais uma mídia social, o Instagram. Graças a este feliz encontro, de duas ações simultâneas com o mesmo objetivo, estamos certos de que conseguimos alcançar um número muito grande de pessoas em São Paulo e pelo Brasil e até mundo afora que admiram nossos produtos e desejam conhecer um pouco mais de nossa região e nossa cultura.




Por: Gisele Rasi - Vice Presidente do Circolo Emilia-Romagna di San Paolo